O bom gerenciamento empresarial envolve diversos aspectos técnicos e analíticos, dentre eles encontra-se o conhecimento pleno sobre os processos corporativos e seus resultados.
O conhecimento sobre os custos de uma empresa é parte essencial para construção de uma gestão plena, atuante e positiva.
Porém, quando se fala em custos, é preciso entender que eles não ocorrem de uma única maneira, mas sim são espalhados pelos setores e pelas atividades essenciais realizadas internamente. E é preciso analisar resultados e fazer projeções para compreender como eles impactam a atividade corporativa.
Uma das principais confusões feitas por administradores de empresa envolve os custos gerenciais e o custo contábil e o seu objeto de análise. E o post de hoje vai servir para você eliminar qualquer dúvida relacionada a este tema. Boa leitura!
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O que é custo contábil?
Com o levantamento dos custos contábeis, é possível determinar as transações financeiras feitas pela empresa e, com base nessas informações, construir relatórios bem transparentes e objetivos sobre a alocação de verbas da empresa e como elas são utilizadas.
O objetivo desta análise é fazer uma profunda apuração nas atividades operacionais e analisar os valores envolvidos, já que esses dados devem constar no Bloco L da ECF (escrituração contábil fiscal) e no Bloco H da EFD (escrituração fiscal digital).
Com essas informações, fica evidente que o objetivo do custo contábil é levantar as dados financeiros da empresa para o público externo, mais precisamente os órgão de regulamentação e Receita Federal e os stakeholders.
Como é feita a mensuração do custo contábil?
Para fazer o levantamento preciso das atividades e seus custos, são utilizados os sete princípios fundamentais da contabilidade, que são:
- Princípio da entidade;
- Princípio da continuidade;
- Princípio da prudência;
- Princípio da competência;
- Princípio da oportunidade;
- Princípio da atualização monetária;
- Princípio do registro pelo valor original.
O que é custo gerencial?
Custo gerencial é um processo analítico que tem como finalidade analisar e identificar os dados sobre as operações da empresa para auxiliar na tomada de decisões e na melhor alocação da verba corporativa.
Os custos gerencial são, de forma simplificada, relatórios completos, com informações claras, objetivas e dinâmicas.
Tudo precisa ser compilado de forma simples, intuitiva e que tenha uma linguagem acessível aos profissionais que irão manejar esses dados e utilizá-los para definir as diretrizes da empresa.
A produção do custo gerencial pode ser executada com dados comparativos, analisando o que acontece hoje com cenários já vivenciados pela instituições. Além da comparação com o que já passou, esse tipo de relatório pode conter projeções de resultados feitos com base nos números atuais.
Devido à sua característica de apresentação de dados com foco em tomada de decisão, é evidente que, ao contrário do custo contábil, o custo gerencial é focado no público interno da instituição.
Diferentes, mas complementares no planejamento empresarial
Os dois tipos de custos possuem suas características próprias, objetivos distintos e modos de produção diferentes, porém, podem ser utilizados em conjunto.
O custo gerencial auxilia na identificação das medidas que devem ser tomadas pelos administradores da empresa para fazer as modificações necessárias com foco na melhoria dos resultados.
Porém, é importante ressaltar que o objeto de análise não se resume aos valores financeiros. Sendo usado também para análise de outros aspectos e setores que não tem relação direta com o dinheiro da empresa.
Já o custo contábil foca mesmo nos números e nas demonstrações financeiras, analisando a situação econômica da instituição.
A união do custo contábil e gerencial vai permitir uma análise profunda sobre a empresa, seus processos, finanças e resultados. O uso mútuo garante benefícios corporativos internos e externos, ajudando a prever resultados econômicos e auxiliando na busca pela excelência nas atividades.
Diante disso, fica evidente a importância de executar um bom planejamento financeiro, o que vai permitir mais investimentos, que geram resultados e trazem lucros a curto, médio e longo prazo.
A união das duas formas de análise amplia a competitividade no mercado, especialmente por dar inteligência de negócios e facilitar a leitura do cenário que a empresa vive.
Com isso, é possível se antecipar diante de alguns acontecimentos do mercado, e, se a empresa executou um bom planejamento, será possível sair na frente dos concorrentes em termos de estratégia e bom uso das verbas.
Conclusão
Relatórios financeiros analíticos e completos, como o custo contábil e o custo gerencial, fomentam a inteligência de mercado da empresa e permitem que agentes internos e externos a ela tenham pleno conhecimento sobre as finanças corporativas e a forma como elas estão sendo utilizadas.
Esse tipo de informação é muito importante para a empresa ganhar destaque no mercado e a confiança de investidores e potenciais compradores e acionistas.
Uma gestão de qualidade pede transparência e precisão analítica, e com base nesses dois processos mencionados ao longo do texto, uma empresa se torna um “livro aberto”, o que é essencial em um mundo onde compliance e ética são indispensáveis.
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