Pro rata: O que é e como calcular?
O pro rata é um documento comum em diversas situações empresariais, mas muitos ainda podem desconhecer sua utilidade, ou sequer possuem familiaridade com esse termo.
Por meio desse cálculo, é possível traçar valores de pagamento com mais precisão, atribuindo a remuneração justa para os colaboradores.
Além disso, é uma ferramenta para auxiliar na operação de um negócio, pois terá preços mais concretos para os custos de cada produto e serviço.
Por esse motivo, é fundamental entender mais sobre esse conceito e como ele funciona.
Entenda qual a maneira correta de calcular o pro rata e veja as melhores formas de aplicar essa prática no dia a dia contábil.
O que é pro rata?
Pro rata se refere ao cálculo proporcional sobre algum pagamento. Em outras palavras, é uma forma de dividir um determinado valor em partes menores, e cada unidade é multiplicada pelo tempo de uso.
O termo é de origem latina, e significa “medir ou racionar de forma proporcional”.
Embora seja mais comum no ambiente corporativo, esse termo pode ser aplicado em outros cenários, como contratos de assinatura, onde o contratante poderá pagar somente pelo período em que utilizou o serviço, por exemplo.
Quais os principais tipos de pro ratas?
Existem diferentes tipos de pro rata, e vale a pena conhecer alguns dos principais para entender a aplicação efetiva desse conceito no dia a dia.
Veja mais detalhes sobre as modalidades mais comuns:
1. Pro rata temporis
Esse termo refere-se à “proporcional ao tempo”. Em outras palavras, considera um período para fazer o cálculo de determinado valor a ser pago.
Dessa forma, permite que o colaborador ou profissional receba o correspondente por tempo indicado para longos prazos.
Também é o modelo comum em salários convencionais, prêmios de seguro e contas de serviço, por exemplo.
2. Pro rata die
O pro rata die diz respeito ao proporcional de dia. Isso quer dizer que se considera uma base diária de cálculo.
É um tipo comum em análises de contratos e fluxos de caixa. Por exemplo, o valor de juros de multas por dias de atraso.
Por conta da sua aplicação, se tornou uma modalidade mais comum na rotina dos consumidores também.
3. Pro rata em dividendos
Como o nome sugere, o pro rata em dividendos auxilia no cálculo realizado sobre a divisão de lucros entre acionistas. Assim, se considera a quantidade de ações que cada sócio possui.
Esse cálculo é comum em empresas de capital aberto, onde o patrimônio social é formado por títulos.
4. Pro rata em juros
Ainda, vale mencionar o pro rata em juros, que auxilia na avaliação de taxas adicionais por atraso.
Essa operação funciona conforme a porcentagem e os dias corridos após o vencimento. O valor será obtido por meio de uma divisão, simples ou exponencial.
Em que situações o pro rata é aplicado?
Além de conhecer o conceito de pro rata, vale a pena saber em quais situações ele é aplicado. Confira algumas das mais populares:
Consumo
Um dos cenários mais comuns de aplicação do cálculo pro rata é no consumo, considerando compras e prestação de serviços.
Nessas situações, o objetivo é identificar o valor que determinado consumidor deverá pagar de forma proporcional ao uso ou atraso.
Área trabalhista
Essa aplicação ocorre para realizar pagamentos de funcionários, especialmente novas contratações que devem receber a remuneração proporcional ao mês de início, por exemplo.
Também é comum em caso de rescisões contratuais, ou seja, quando um contrato é legalmente cancelado.
Ainda, pode ocorrer em cenários de cálculo trabalhista para dispensas, auxílios e afastamentos temporários, que também fracionam os recebimentos.
Financeiro
O segmento financeiro também costuma utilizar essa forma, tanto para contabilizar juros quanto o que diz respeito aos dividendos.
É uma situação onde a forma de se calcular pode ser um pouco diferente, mas segue o mesmo conceito, inclusive em empresas que utilizam o simples nacional.
Um exemplo de uso é na estimativa da taxa de juros de determinado empréstimo ou financiamento que esteja em atraso.
Como calcular pro rata?
Para calcular o pro rata, basta conhecer os elementos a serem considerados, geralmente a remuneração e pagamento, e os dias referentes.
Além disso, utiliza-se regras matemáticas simples, multiplicando proporcionalmente os elementos para encontrar a taxa referencial ao período.
Por exemplo, um contrato trabalhista possui salário mensal de R$2 mil. No entanto, o trabalhador executou suas funções por apenas 10 dias.
Nesse caso, o pagamento utiliza o pro rata para encontrar o total, considerando o período fracionado, de 10 dias, e não 30 dias.
Basta dividir o salário pelo mês, descobrir o total diário e multiplicar pelo tempo. Assim, o valor correspondente seria de R$666,66.
Quando o pro rata deve ser aplicado
A aplicação desse documento é interessante em diversos segmentos e atuações, inclusive na contabilidade empresarial e na área trabalhista.
Isso porque suas vertentes permitem fracionar corretamente os valores e encontrar o proporcional justo.
No cotidiano é comum estar presente em negociações contratuais, pagamento de boletos em atraso e renegociações de dívidas.
Por esse motivo, é importante entender como esse conceito funciona e qual a melhor forma de realizar o cálculo.
Dessa forma, poderá ter um controle financeiro mais aprimorado, seja de recebimentos ou pagamentos no dia a dia.
Ainda, é importante que a sua empresa consiga administrar corretamente os proporcionais das despesas e receitas desde o início.
Nesse caso, vale a pena contar com uma equipe qualificada e recursos modernos de gestão contábil.
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