Token na prática: entenda agora de forma simples!

Nos últimos tempos você provavelmente já se deparou com a palavra “token”, e com perguntas sobre o que é isso, ou um NFT. Os dois termos tem ganhado cada vez mais evidência, principalmente no mundo dos negócios, com o avanço das tecnologias digitais e da segurança da informação.

Eles também são muito associados ao mercado financeiro e as criptomoedas. Se antes só se falava sobre token de segurança, agora o termo é usado também para falar sobre a representação digital de um ativo.

Com tantas mudanças na tecnologia, a pergunta que fica é, mas afinal o que é token e para que ele serve? Aqui, vamos explicar o conceito e como é o funcionamento dessa tecnologia, os tipos existentes, e quais são as suas aplicações práticas. Continue lendo e descubra tudo sobre o tema!

O que é token e para que serve?

O token é a unidade de valor que representa algo em determinado sistema. Dentro do conceito de tecnologia, é um dispositivo eletrônico gerador de senhas. Já no mundo das criptomoedas, é algo que representa de maneira digital um ativo em uma blockchain. Porém, o que é necessário saber mais do que seus significados, é que o objetivo principal do token é  identificar, autorizar ou transferir informações ou ativos entre as partes envolvidas.

Eles também podem ter diferentes funções e características, de acordo com o contexto em que são usados e do tipo. Dois tipos conhecidos no ambiente das empresas são, os tokens de autenticação e de acesso, e como o nome diz, são utilizados na autenticação da identidade de um usuário em um sistema (login) ou na autorização e concessão de acesso a recursos específicos no software.

Outro bom exemplo de token, atualmente é o Bitcoin. Quando se envia ou recebe Bitcoins, se utiliza uma chave privada ou uma carteira digital para assinatura das transações, veremos mais detalhes no tópico a seguir.

O que é código do token e como funciona?

O token pode ser definido como um dispositivo físico que funciona como um relógio sincronizado no tempo. Ele gera senhas únicas e seguras a cada segundo, tornando praticamente impossível a duplicação ou reutilização para transações fraudulentas.

Cada token é vinculado a uma conta-corrente, e o sistema bancário gera um parecido, que é sincronizado no mesmo horário. Assim, quando se autentica uma transação, o sistema faz o cruzamento dos dados informados por você, com os gerados pelo banco. Dessa forma, somente quando as senhas são compatíveis, o acesso é liberado.

Como funciona a tecnologia por trás do token?

A tecnologia usada pode variar conforme o tipo do token, ou do sistema em que ele está inserido.  Por exemplo, em um token de autenticação, uma ação específica como cadastro, emissão de documento ou transferência provoca a geração de um código numérico que é enviado através dos canais de comunicação e será usado para autenticar o usuário.

Essa ação também pode gerar a sincronização com os dados de um arquivo a fim de confirmar a identidade do usuário, e o autoriza a seguir com a ação. Isso se levarmos em consideração o funcionamento na blockchain, em que o token representa um ativo, que pode ser investimento, dinheiro, propriedade etc.

A cadeia de blocos ou rede de distribuição de computadores armazena e valida as transações feitas com os tokens sem necessitar de intermediários. Cada transação será registrada em um bloco de dados criptografados e se conectar aos blocos anteriores,  e resulta em uma cadeia imutável e transparente. É importante lembrar que as regras para cada ativo devem ser definidas em um smart contract.

Quais são os tipos de token?

São muitos os tipos de tokens existentes, cada um com características específicas, e finalidades diferenciadas também, pois eles possuem objetivos pontuais definidos pela pessoa física ou jurídica. Esses objetivos podem ser de permissão de acesso a serviços, arrecadação de dinheiro, e os ativos serão como um meio de troca. Os principais tipos de token podem ser definidos em:

Payment token

O payment é uma forma de pagamento digital ou reserva de um valor. Ele pode ser utilizado em compras de bens ou serviços, trocado por outras moedas ou até guardado como investimento. Exemplos dele são as criptomoedas Bitcoin e Ethereum.

Utility token

Já o utility representa um direito de uso ou acesso a determinado serviço ou recurso em alguma plataforma ou rede. Pode ser utilizado em  desconto em determinados produtos, ou no consumo, interação ou participação de um ecossistema digital.

Security token

Representa uma fração de um ativo negociável e está atrelado à propriedade de um ativo financeiro ou participação em um negócio que já existe. Esse token pode ser usado em recebimento de dividendos, lucros, juros, ou em votações de decisões corporativas.

Equity token

Pode ser considerado um tipo de security token que só pode representar uma fração do capital social de uma empresa. Neste caso, pode ser usado para se tornar sócio de uma startup ou projeto, tendo direito a uma parte dos lucros e do patrimônio. Ele também pode ser baseado em ações de commodities, como ouro, petróleo e café.

Token não-fungível (NFT)

Representa algo único e indivisível, como uma obra de arte, músicas ou terreno no mundo digital. Sua finalidade é provar a autenticidade, a propriedade ou a escassez de um item digital ou físico.

Qual a diferença entre token e criptomoeda?

Criptomoeda é um tipo específico de token que funciona como uma moeda digital, baseada em criptografia e blockchain. O BTC é o token da rede Bitcoin, o ETH se refere à blockchain do Ethereum, e assim por diante. Seu principal objetivo é servir como meio de troca, unidade de conta e reserva de valor. Porém, quando pensamos no que significa token, estamos falando de algo mais amplo e genérico, que pode representar qualquer coisa em um sistema digital, não necessariamente uma moeda.

Token X Código de Verificação

É comum confundir o token com o código de verificação, porém, são distintos em seus usos. O código de verificação, também conhecido como CVV, geralmente encontrado no verso de cartões de crédito ou débito, é solicitado para confirmação em compras online. Já o token é obtido por meio de dispositivos móveis, como chaveiros ou aplicativos, e é utilizado para transações como pagamentos de boletos e transferências.

O que pode ser tokenizado?

O processo de tokenizar significa transformar algo em frações digitais usando a tecnologia de blockchain. E isso possibilita que algo seja registrado, rastreado, transferido ou negociado de forma segura, transparente e eficiente na internet. Tudo que tenha valor ou interesse para alguém, pode ser tokenizado. Exemplos disso inlcuem ativos físicos como carros, imóveis e até obras de arte.

Já ativos físicos que podem ser tokenizados são jogos, músicas, domínio de sites. Ativos de direitos, como patentes ou propriedades intelectuais, ativos financeiros podem ser títulos, fundos, e ações. Alguns ativos de serviços, como transporte público, de internet ou energia elétrica, e até de identidade como histórico médic, dados biométricos, e outros.

Como criar um token?

Como já dissemos, para se criar um token vai depender do tipo de ativo e de qual será a organização responsável pelo projeto, porém, a criação normalmente segue quatro simples passos:

1. Estruturação: nessa primeira etapa, acontce uma análise e validação do ativo por uma empresa tokenizadora , como a Liqi ou a MB Tokens. Essas empresas elaboram um contrato e garantem a confiabilidade do token e dos direitos de quem o detém.

2. Emissão: logo após a estruturação, o contrato inteligente ou smart contract deve ser registrado na rede blockchain escolhida (Ethereum, Solana, Cardano etc.). O smart contract vai estabelecer as regras de uso, taxas, limites de emissão e outras operações.

3. Distribuição: o terceiro passo é o lançamento na blockchain escolhida, onde se realiza a divulgação e oferta pública do token, e permite sua aquisição pelos investidores interessados.

4. Governança: na última etapa, acontecem os processos de reivindicação de rendimentos, controle e aproveitamento dos benefícios promovidos pelo token.

Existe relação entre token e certificado digital?

Apesar de serem coisas diferentes, ambos compartilham o objetivo de garantir segurança para as operações digitais. Enquanto o certificado digital é uma assinatura eletrônica com os dados de uma pessoa ou entidade e sua chave pública, emitido por uma certificadora a fim de comprovar a identidade e veracidade nas transações online.

Por outro lado, o token é a representação de algo em um sistema digital e tem o objetivo de identificar, autorizar e etc., sobre as informações ou ativos entre as partes envolvidas. O token não é emitido ou validado através de uma autoridade central para ser emitido, e pode ter várias funções e características.

Como os tokens redefinem a segurança

Alguns mecanismos como a criptografia, blockchain, e a assinatura digital tornam as transações com token, mais seguras, e elementos como o fato dele ser único e exclusivo a cada transação, o torna quase impossível de ser duplicado;

O token pode conter criptografia, o que adiciona uma camada a mais de segurançam e dificulta sua interceptação e decodificação por terceiros que não tem autorização.

Atravé dele, é possível implementar soluções com fatores multifacetados, e exige informações adicionais para que o usuário confirme sua identidade. Além de propiciar a conformidade com as regras de proteção de dados, e reduz a quantidade de informações sensíveis transmitidas durante as transações.

No token existe a possibilidade de configuração com restrições de uso, tal como data de validade, limites de valor, para evitar fraudes ou transações não autorizadas.

Em casos de violação de segurança, é possível revogar ou cancelar de maneira rápida o token, protegendo os dados do usuário ao interromper acessos não autorizados.

Token e assinatura digital

Apesar dos tokens e assinaturas digitais serem ferramentas diferentes no âmbito da segurança digital, elas podem ser usadas em conjunto a fim de fortalecer a proteção das transações online e aumentar as possibilidades na autenticação e assinatura eletrônica.

Com a utilização do certificado digital para a assinatura digital, estamos frente à criptografia de chave assimétrical onde os indivíduos usam as chaves privadas na assinatura das transações, e garantem sua integridade.

O uso das duas ferramentas combinadas possibilita um nível superior de segurança, praticidade e confiabilidade para as transações online.

Quais as vantagens de usar o Token?

Além de tudo que já foi dito nesse artigo, os clientes que adotam o token como método de verificação, tem uma série de vantagens a mais para as suas empresas. Vantagens como:

• Redução de fraudes;
• Compliance regulatório;
• Implementação simples;
• Aprimoração na experiência do cliente;
• Redução de custos;
• Diferencial competitivo.

Conclusão

São diversas as vantagens de utilizar o token como método de verificação. Ao se considerar essas vantagens, as empresas tem a possibiliadde de tomar decisões mais assertivas e informadas na proteção dos seus negócios e clientes, contra ameaças online e fraudes.

É essencial entender as  diferenças entre token e código de verificação, e assim compreender os sistemas de segurança nos meios de pagamento. Com isso, há mais transparência e confiança na administrção desses processos, melhroa o atendimento ao cliente e reforça a segurança das operações.

Através do token e sua capacidade de transformar as transações em operações mais seguras e eficientes,é possível moldar o futuro das operações digitais.

Ficou com dúvidas ou precisa de assessoria contábil? Fale com um de nossos especialistas!