Como elaborar plano de negócios para escritório de advocacia?
Você sabe como elaborar um bom plano de negócios para escritório de advocacia? Pois nesse artigo vamos falar sobre sua importância e como pode ser feito.
Toda empresa precisa de um plano de negócios para que comece e prossiga com segurança, planejamento, previsões, enfim, para que tenha uma boa gestão desde o início e se torne uma empresa sustentável. E com os escritórios de advocacia não poderiam ser diferentes.
Como já falamos em outro artigo aqui, aqui no blog, plano de negócios é uma ferramenta fundamental para analisar viabilidades, planejar estratégias e tomar decisões assertivas.
Para facilitar o processo, vamos traçar um roteiro para seu plano de negócios.
Roteiro para plano de negócio para escritório de advocacia
É possível escolher várias formas de elaborar um plano de negócios. Você pode escolher um plano mais tradicional com mais complexidade e detalhamento ou pode escolher algo mais simplificado, porém objetivo, sem muitos detalhamentos, mas com informações suficientes para nortear seu negócio. Seja como for, o importante é ter um planejamento eficiente.
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Definir a missão do escritório de advocacia.
Nessa etapa é que se desenha todo o conceito do negócio. Considerando que a advocacia tem um campo de atuação bem abrangente e que muitos podem ser os serviços jurídicos prestados, é necessário definir objetivamente qual o foco da empresa. O escritório pode trabalhar como assessoria jurídica de pessoas físicas ou jurídicas, púbicas ou privadas e ainda, definir em quais áreas do Direito vai atuar.
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Qual ramo jurídico de atuação?
Como falamos no item sobre a missão da empresa, o ramo jurídico precisa ser definido claramente. O escritório de advocacia pode optar por trabalhar com uma ou mais áreas do Direito, contudo é importante defini-las já no plano de negócios. Nada impede que se inicie apenas com uma área mas depois aconteça um crescimento do escritório ou da equipe técnica e novas sejam agregadas.
Listamos algumas especialidades dentro da carreira jurídica:
Civil
Criminal
Trabalhista
Tributária
Empresarial
Ambiental
Tecnologia da Informação
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Público alvo e Análise de mercado
São dois aspectos importantes e que se relacionam: estudar o mercado, a concorrência e, de posse dessa informação, definir seu público alvo. Afinal, estudando a concorrência é possível ter uma visão da demanda e da oferta. Em outras palavras, entender onde existe maior carência a ser atendida, em que segmento e o quanto de especialistas existem atendendo essas carências.
Por fim, entendendo o mercado facilita definir seu público alvo.
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Questões de logística
Nessa etapa serão definidas as instalações físicas, a compra de equipamentos de tecnologia, softwares, sistemas de gestão. E ainda, desenhar o tamanho da equipe necessária para atender o escritório. Mesmo em tempos de home Office e prestação de serviços online, ainda assim, a equipe precisa ser formada e a operação logística definida.
Também pode ser registrada aqui a tabela de honorários, em função dos serviços que serão prestados, bem como as formas de pagamento.
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Marketing para escritório de advocacia
Apesar de existirem diretrizes que regulamentam o marketing jurídico, com base no Código de Ética da OAB, existem também formas de divulgar, prospectar clientes. Por isso, no plano de negócios não pode faltar esse planejamento estratégico para o marketing jurídico.
É possível desenhar uma estratégia de Marketing Jurídico Digital, sem ferir o Código de Ética da OAB. Para isso é necessário ter um bom site, estar presente nas redes sociais com foco no seu segmento e poder estabelecer conexões com seus seguidores.
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Enquadramento tributário
Como toda e qualquer empresa que se formaliza, um escritório de advocacia precisa escolher em qual regime tributário vai enquadrar o seu CNPJ. Para optar de forma correta é preciso contar com a assessoria de uma empresa contábil, inclusive porque cada segmento profissional tem suas peculiaridades.
7. Contrato Social
Ao escrever o contrato social da empresa, que é o documento mais importante, é preciso definir informações bem claras, tais como: os sócios, capital social, distribuição de cotas, endereço fiscal e outros dados específicos de cada segmento.
Após a definição do Contrato Social, no plano de negócios precisa ter informações precisas sobre:
. Distribuição dos lucros – entre os sócios e também bonificações aos parceiros ou funcionários
. Fontes dos recursos – definir se haverão aportes por parte dos sócios, se buscarão financiamentos ou investimentos externos.
. Aplicação de recursos – estipular a forma como serão aplicados os recursos da empresa, como por exemplo, aquisição de bens móveis e imóveis, aplicações financeiras ou contratação de recursos humanos e tecnológicos.
Para finalizar, vale lembrar que um plano de negócios não precisa ser totalmente engessado. Ao contrário ele deve ser flexível, aberto a mudanças e complementações necessárias, buscando a evolução e adaptação, sempre com foco no crescimento da empresa.
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